terça-feira, 27 de julho de 2010














PARA VOCÊ QUE ESTÁ RECLAMANDO PELO FIM DO VERÃO!!

O verão é lindo, mas as outras estação também o são. Todas elas são parte de um processo. Écomo um rio, ele deve ser considerado como um todo: as corredeiras, as cascatas, as calmarias, são parte de um todo. Amar apenas ao verão limita a criatura. A natureza é linda assim como é, devemos ter um modo de amar a cada estação e de compreendê-la. As folhas caem no verão desnudando a natureza, para que a neve a vista de branco logo depois e em seguida o renascimento na primavera. Tudo é lindo no reino de Deus, feio pode ser o modo como encaramos. Siga o fluxo natural do Criador e compreenderá muito mais sobre sua natureza interior. O homem é um reflexo disso. O homem é o reflexo de Deus, espelho criador, e dentro de vc será sempre Primavera
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quarta-feira, 21 de julho de 2010





De madrugada, bateram à porta da farmácia com um homem gravemente ferido, vítima de alguma brutalidade da polícia. Érico Verissimo era filho do dono da botica e devia ter uns 14 anos, se tanto. Foi arrastado às pressas para segurar a lâmpada à cabeceira da mesa de operação num galpão no fundo do quintal. A primeira coisa que chamou sua tenção foi o polegar decepado, preso à mão esquerda do desconhecido só pelo tendão. Um golpe de adaga havia descolado parte do couro cabeludo. Mas o ferimento mais horripilante era um talho de navalha que rasgara a face do lábio até a orelha. "Naquela noite nasceu em mim o sentimento de justiça e repugnância pela violência. Continuei firme onde estava", contaria ele muito tempo depois."Tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que um escritor pode fazer numa época de atrocidades, é acender sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Se não tivermos lâmpada elétrica, acendamos nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como sinal de que não desertamos nosso posto."

quinta-feira, 24 de abril de 2008





Quando Perdemos Alguém que Amamos
(Aos meus amados sobrinhos que foram morar com Deus)

Palavra como eu queria explicar a morte a alguém.

Juro que gostaria de explicar a um grupo de gente jovem, porque morremos. mais ainda: porque se morre em circunstâncias que a gente não aceita. Um acidente, uma doença grave ou uma agonia demorada demais.
A primeira coisa que agente grita é:
- Não! Não ele!
A segunda é uma pergunta:
- Mas por que ele? por que daquele jeito?
E a saudade começa a doer doida, já na hora do enterro.
E um princípio de revolta começa a sufocar a gente, à medida que passa o tempo e ninguém responde ás nossas perguntas.
Se dependesse de nossa lógica nenhuma criança morreria, jovem algum morreria, nenhuma da pessoas que amamos morreria.
Só admitiriamos a morte para os velho e para quem cansou de viver e está indo numa boa, seja para onde for...
Mas não depende de nós.
E não depende de nós decidir sobre nossa morte, tanto quanto não dependeu decidir sobre nossa vida.
Ninguém de nós pede para nascer. E raramente alguém pede pede para morrer.
Não escolhemos como, onde e de quem nascer, e raramente escolhemos quando, como, onde e de que morrer. E em geral quem decide está desequilibrado.
Simplesmente estamos vivos porque alguém o quis, e morremos do jeito que morrermos porque alguém o determina, ou pelo menos consente.
Poderiamos ficar revoltados contra este alguém porque faz as coisas sem nos explicar por qu~e.
Poderiamos dizer umas boas a este Senhor Absoluto da Vida e da Morte por nos haver criado, colocado neste tempo e neste lugar e dado a nós os amigos que deu.
Poderiamos encher o coração de pessimismo e gritar:
- Por que você fez isso com ele?
- Por que você fez isso conosco?
Mas além do horizonte existem coisas que nossa mente jamis compreenderá, a não ser que cruze aquela fronteira.
A verdade sobre a vida, a morte e o amor é muito maior do que possamos imaginar.
Nunca entenderemos a vida, nem entenderemos o amor e nunca entenderemos a morte.
Nunca saberemos viver bem a vida, bem o amor e bem a morte. Somos limitados demais para assumir o mistério que é viver, amar e morrer. E por isso nos machucamos.
Quando perdi o monte de amigos que já perdi, doeu muito em mim.
A saudade deles, na verdade, nunca passou, e minhas perguntas nunca foram respondidas.
Mas aprendi a encarar com mais suavidade a ausência deles, quando aprendi um pouco mais de minha própria vida.
Eu também não sei quanto tempo vou viver. E não sei de que jeito vou morrer.
O que sei é que tenho um tempo, como o Rodrigo teve.
E não estou certo de que usarei este meu tempo de 30, ou talvez 80 anos, melhor do que o Rodrigo que viveu apenas 21. Não se mede uma vida pelo tempo que dura, mas pelo conteúdo que leva. E se o Rodrigo faz chorar a tantos e permanece vivo ainda em vocês, é porque soube ser amigo. Então soube viver.
Porque só sabe viver, aquele que sabe ser para os outros.
Só o Rodrigo saberá dizer se a vida valeu a pena e se a sua morte faz algum sentido, afinal, ele conhece os dois lados da existência e nós so conhecemos um. Ele não voltará para nos dizer, mas onde quer que esteja e pelo amor que plantou aqui, só posso crer que está em Deus , ele está presente.
Aos nossos olhos, que nunca mais o verão aqui, nosso amigo esta morto, mas, porque muito amou e epermanece muito amdo, nosso amigo está vivo.
Só morre definitivamente quem morre matando, ou quem morre no ódio. Quem deixa tantos amigos e amores não morre, mergulha no infinito.
E é nesse infinito que um dia nos encontraremos já sem lágrimas nem revoltas para dizer ao Rodrigo que finalmente a gente compreendeu.
Deus não nos tira os amigos.
Ele apenas os pede emprestado da gente, por alguns anos.
Depois a gente sse encontra. E aí, Deus nos dá toda uma eternidade para festejarmos juntos o amor que nunca dói nem deixa saudades.
Essa dor com Deus já é difícil. Sem Deus, é muito maior ainda.
Deixemos ao Rodrigo a última palavra. Só ele sabe o que é viver e o que é morrer...
Alguns de nós estão chorando, mas é provável que lá com Deus, onde está, ele esteja com aquele sorriso bonito e amigo, sentindo-se amado e dizendo:
- Não liga não Deus. São meus amigos. Um dia eles compreenderão!

E Deus não está nem um pouco zangado com a ira de vocês.
Quem chora tanto a perda de um amigo é porque ama de verdade. E pode demorar, mas quem ama de verdade, mais cedo ou mais tarde, acaba compreendendo a vida, a dor, o amor e a morte.
A diferença entre nós e o Rodrigo é que ele descobriu isso mais cedo que nós.
Oremos por ele.
Vocês que o conheceram tão bem, já sabem que ele está pensando em cada um de vocês.
O amor não acabou!
Está muito melhor agora: Porque tem gosto de lágrimas, mas tem sabor de infinito.
O Rodrigo era maior do que pensava ser.

E nós também. Estão aí essas lágrimas que não me deixam mentir...

A Promessa da Ciência e a Frustração Gerada


"No século XIX e principalmente no XX a ciência teve um desenvolvimento explosivo. Paralelamente a isto, o ateísmo floresceu como nunca. A ciência tanto progredia quanto prometia muito. Alicerçado na ciência, o homem se tornou ousado em seu sonho de progresso e modernidade. Milhões deles, inclusive muitos intelectuais, baniram Deus de suas vidas, de suas histórias. A ciência se tornou o deus do homem. Ela prometia conduzi-lo a dar um salto nos amplos aspectos da prosperidade biológica, psicológica e social. A solidariedade cresceria, a cidadania floresceria, o humanismo embriagaria as relações sociais, a riqueza material se expandiria e atingiria todo ser humano, a miséria social seria extingüida e a qualidade de vida atingiria um patamar brilhante. As guerras, as discriminações e as demais violações dos direitos humanos seriam lembradas como manchas das gerações passadas... Belo sonho!"

(Augusto Cury)

quinta-feira, 17 de abril de 2008


Processo seletivo Volkswagen

A redação abaixo foi desenvolvida por um candidato num processo de seleção.
Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele, com certeza, será sempre lembrado pela sua criatividade e acima de tudo pela sua alma. Vale a pena ler.

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés de fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me corte fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas pessoas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada.
Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre... e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de um só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até senti dormente os meus lábios,
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso,
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um “para sempre” pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
“_Qual sua experiência?”.
Esta pergunta ecoa no meu cérebro: “experiência... experiência...”
Será que ser “Plantador de Sorrisos” é uma boa experiência?
Não!!! Talvez eles não saibam ainda “Colher Sonhos!”
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa pra quem formulou essa pergunta:
“Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?”


"Ao meu amigo Andrio com Carinho"
...nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda. Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.